Procuradora Geral MPC/GO, Maisa de Castro Sousa,

entrevistada pela CBN-Goiânia

A Procuradora Geral do MPC/GO, Maisa de Castro Sousa, participou de entrevista veiculada pela rádio CBN-GOIÂNIA, em 19/9/2020, na qual esclareceu algumas das perspectivas abordadas pelo GAEPE-GO (Gabinete de Enfrentamento aos Efeitos da Pandemia na Educação Pública), por ocasião de um amplo questionário respondido por gestores da educação municipal (167) e Conselhos Municipais de Educação (119), e que apurou as principais dificuldades enfrentadas pelo setor educacional nos municípios goianos.

Em relação à questão central da entrevista colocada pela CBN de que: “A maioria das secretarias municipais de ensino de Goiás não elaboram protocolo de volta às aulas”, a Procuradora esclareceu que a falta de planejamento é sistêmica na gestão pública brasileira e que a área da educação está inserida neste contexto. O agravante, entretanto, é o momento que a sociedade está vivendo – a pandemia, que exige ações coordenadas e planejadas, as quais ainda não foram adequadamente organizadas pelos municípios goianos como detectado pelo resultado do questionário.

Cerca de 55% dos municípios goianos, segundo a Procuradora, e de acordo com o questionário GAEPE, não apresentam um protocolo de volta às aulas devidamente elaborado. Dra. Maisa de Castro comentou, ainda, que a complexidade da situação da educação na pandemia está sendo vivenciada por diversos países e que soluções das mais variadas estão sendo buscadas de modo a minimizar os impactos negativos na área.

Questionada sobre as ações que os municípios tomaram e estão tomando para minimizar os efeitos da pandemia na educação, a Procuradora mencionou sobre o esforço dos responsáveis em dar continuidade ao processo educacional por meio de videoaulas, redes sociais, plataformas on-line, televisão e rádio como meio de aplicar as atividades pedagógicas não presenciais, e que material impresso não foi abandonado no período.

Em virtude da circunstância imprevista – Pandemia, algumas dificuldades foram e estão sendo enfrentadas na aplicação do ensino remoto, segundo a Procuradora Geral. Foram apontadas pelo questionário GAEPE, neste âmbito: falta de equipamentos e de rede de internet, tanto para os docentes quanto para os discentes; fraca preparação do professor para usar as tecnologias, bem como em relação as práticas do ensino à distância.

Sobre a evasão escolar, a Procuradora mencionou sobre o empenho, dos gestores e Conselhos, para que ela seja minimizada, mas acha que a dimensionamento real acontecerá somente com o retorno às aulas presenciais. Considera que é no momento do retorno que devem ser empreendidos todos os esforços para redução da taxa de evasão escolar.

Link do áudio - Rádio CBN: http://c.contentassessoria.com.br/tcego/site/m014/noticia.asp?cd_noticia=81381065

Link do áudio - Rádio Brasil Central: http://c.contentassessoria.com.br/tcego/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=81625376