Futuro do rádio e da TV são temas do II Fórum Nacional de Radiodifusão
Futuro do rádio e da TV são temas do II Fórum Nacional de Radiodifusão
Painéis apresentaram novas tecnologias para digitalização do rádio no Brasil e perspectivas para a televisão
- person Gustavo Alexandre Aires R. Lopes
- schedule 09/03/2020
- Atualizado em 22/03/2022
O futuro do rádio e da TV no Brasil foram temas no II Fórum Nacional de Radiodifusão MCTIC, que reuniu radiodifusores de todo o Brasil em Brasília. No painel “Rádio Digital: desafios para o novo modelo de negócio”, a presidente do consórcio Digital Radio Mondiale (DRM), Ruxandra Obreja, explicou algumas vantagens da nova tecnologia, como melhor qualidade de áudio, ausência de interferência, transmissão de até três canais simultâneos, coexistência com o sistema analógico e mais possibilidades de negócios para os radiodifusores.
“Nós acreditamos que, para sobreviver, o rádio precisa mudar para o digital. No Brasil, há a migração do AM para o FM, uma mudança de uma tecnologia com 100 anos para uma de 90 anos. Nós precisamos de tecnologia feita para 2020. O rádio tem uma grande competição de outras mídias, mas é o sistema dominante em carros e, para muitas comunidades, é a única forma de obter informações”, disse.
Segundo o secretário de Radiodifusão do MCTIC, Elifas Gurgel, será adotado no Brasil um modelo de rádio digital que beneficie o radiodifusor, “o que pode incrementar sua receita com a digitalização, como a qualidade sonora e a economia de energia elétrica.
No painel “Novos negócios na Televisão Digital”, representantes do Fórum Brasileiro do Sistema de TV Digital (Fórum SBTVD), Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) debateram as tecnologias da televisão para os próximos anos, que prometem resoluções mais altas, maior integração à internet e possibilidades de personalização do conteúdo.
O coordenador do módulo de mercado do SBTVD, David Britto, apresentou os avanços nos padrões para a TV digital aberta no Brasil. Em 2019, o Fórum aprovou as normas técnicas que possibilitarão a implantação do Ginga D, ou DTV Play, nos aparelhos televisores, o que permitirá a integração entre os canais de TV aberta e aplicativos das Smart TVs.
“Uma vez que você passa a ter um aplicativo vinculado à emissora, onde o consumidor está logado, identificado, você pode recomendar conteúdos. Uma oportunidade que é bem revolucionária é a capacidade de entregar propaganda direcionada. Ao invés de trabalhar somente com o modelo de uma transmissão de uma propaganda para toda uma audiência, a emissora pode segmentar de acordo com o perfil do seu telespectador”, explicou.
Carlos Fini, da SET, expôs a evolução da tecnologia, desde a TV analógica em preto e branco (1.0) até a geração atual, conhecida como 2.5, que agrega serviços da banda larga e gera novas oportunidades. “É a combinação da robustez e oferta do broadcasting com a facilidade dos serviços da banda larga”, afirmou.
Já Ana Eliza Faria e Silva, representante da Abert, falou sobre a TV 3.0, a próxima geração da televisão, que promete expandir os padrões de qualidade, personalização e integração entre diferentes aparelhos e trazer novos desafios para os modelos de negócio. Mesmo com as mudanças, a ideia é preservar valores da TV aberta brasileira. “Queremos expandir os atributos atuais da TV aberta, que são gratuidade, qualidade, alcance, confiabilidade, segurança para as marcas” pontuou.
Desafios das emissoras públicas de rádio e TV
A diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado (Secom), Érica Ceolin, apresentou os desafios das emissoras públicas de rádio e TV para se manter e aumentar a audiência no cenário atual de inovação digital. Érica debateu o tema juntamente com o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), general Luiz Carlos Pereira Gomes, a diretora da TV Câmara, Alessandra Anselmo, e a coordenadora de Jornalismo da TV Justiça, Mayrluce Villela.
“Esse desafio é enorme, porque os canais da União, de interesse do público, lidam com os limites orçamentários e legais. Para a gente é mais difícil fazer a transposição para o mundo virtual e atender o cidadão”, disse Érica. A diretora apontou a necessidade de vencer as barreiras orçamentárias e as disposições legais para garantir às emissoras públicas o avanço tecnológico.
O general Luiz Carlos Pereira Gomes apresentou dados que mostram o crescimento da audiência e leitura nos veículos da EBC, como as emissoras de rádio e TV e a Agência Brasil. O foco do trabalho da empresa, afirmou, é no cidadão e na credibilidade da informação. Segundo ele, os veículos e serviços da empresa "não têm obrigação de dar furo".
O alcance das emissoras da Câmara foi destacado pela diretora da TV da instituição, Alessandra Anselmo. A Rádio Câmara, por exemplo, disse, está presente em 11 cidades. E houve, nos últimos anos, mudança no perfil dos telespectadores da TV. Em 2014 e 2015, a maioria deles era da classe A. Em 2019, da classe C. Ela falou também da perda de audiência com a migração para o YouTube e redes sociais.
Para a coordenadora de Jornalismo da TV Justiça, Mayrluce Villela, é importante lembrar, especialmente com as fake news, que as emissoras oficiais são fonte primária de informação. E o que garante a audiência, afirmou, é o alcance do sinal e um bom conteúdo. Mayrluce também ressaltou que a TV Justiça é a primeira emissora no país a transmitir 24 horas pelo Twitter.
Fonte: MCTIC, Agência Senado, TCE-GO
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22/03/2022 |
O futuro do rádio e da TV no Brasil foram temas no II Fórum Nacional de Radiodifusão MCTIC, que reuniu radiodifusores de todo o Brasil em Brasília. No painel “Rádio Digital: desafios para o novo modelo de negócio”, a presidente do consórcio Digital Radio Mondiale (DRM), Ruxandra Obreja, explicou algumas vantagens da nova tecnologia, como melhor qualidade de áudio, ausência de interferência, transmissão de até três canais simultâneos, coexistência com o sistema analógico e mais possibilidades de negócios para os radiodifusores. “Nós acreditamos que, para sobreviver, o rádio precisa mudar para o digital. No Brasil, há a migração do AM para o FM, uma mudança de uma tecnologia com 100 anos para uma de 90 anos. Nós precisamos de tecnologia feita para 2020. O rádio tem uma grande competição de outras mídias, mas é o sistema dominante em carros e, para muitas comunidades, é a única forma de obter informações”, disse. Segundo o secretário de Radiodifusão do MCTIC, Elifas Gurgel, será adotado no Brasil um modelo de rádio digital que beneficie o radiodifusor, “o que pode incrementar sua receita com a digitalização, como a qualidade sonora e a economia de energia elétrica. No painel “Novos negócios na Televisão Digital”, representantes do Fórum Brasileiro do Sistema de TV Digital (Fórum SBTVD), Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) debateram as tecnologias da televisão para os próximos anos, que prometem resoluções mais altas, maior integração à internet e possibilidades de personalização do conteúdo. O coordenador do módulo de mercado do SBTVD, David Britto, apresentou os avanços nos padrões para a TV digital aberta no Brasil. Em 2019, o Fórum aprovou as normas técnicas que possibilitarão a implantação do Ginga D, ou DTV Play, nos aparelhos televisores, o que permitirá a integração entre os canais de TV aberta e aplicativos das Smart TVs. Carlos Fini, da SET, expôs a evolução da tecnologia, desde a TV analógica em preto e branco (1.0) até a geração atual, conhecida como 2.5, que agrega serviços da banda larga e gera novas oportunidades. “É a combinação da robustez e oferta do broadcasting com a facilidade dos serviços da banda larga”, afirmou. Desafios das emissoras públicas de rádio e TV A diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado (Secom), Érica Ceolin, apresentou os desafios das emissoras públicas de rádio e TV para se manter e aumentar a audiência no cenário atual de inovação digital. Érica debateu o tema juntamente com o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), general Luiz Carlos Pereira Gomes, a diretora da TV Câmara, Alessandra Anselmo, e a coordenadora de Jornalismo da TV Justiça, Mayrluce Villela. “Esse desafio é enorme, porque os canais da União, de interesse do público, lidam com os limites orçamentários e legais. Para a gente é mais difícil fazer a transposição para o mundo virtual e atender o cidadão”, disse Érica. A diretora apontou a necessidade de vencer as barreiras orçamentárias e as disposições legais para garantir às emissoras públicas o avanço tecnológico. O general Luiz Carlos Pereira Gomes apresentou dados que mostram o crescimento da audiência e leitura nos veículos da EBC, como as emissoras de rádio e TV e a Agência Brasil. O foco do trabalho da empresa, afirmou, é no cidadão e na credibilidade da informação. Segundo ele, os veículos e serviços da empresa "não têm obrigação de dar furo". O alcance das emissoras da Câmara foi destacado pela diretora da TV da instituição, Alessandra Anselmo. A Rádio Câmara, por exemplo, disse, está presente em 11 cidades. E houve, nos últimos anos, mudança no perfil dos telespectadores da TV. Em 2014 e 2015, a maioria deles era da classe A. Em 2019, da classe C. Ela falou também da perda de audiência com a migração para o YouTube e redes sociais. Para a coordenadora de Jornalismo da TV Justiça, Mayrluce Villela, é importante lembrar, especialmente com as fake news, que as emissoras oficiais são fonte primária de informação. E o que garante a audiência, afirmou, é o alcance do sinal e um bom conteúdo. Mayrluce também ressaltou que a TV Justiça é a primeira emissora no país a transmitir 24 horas pelo Twitter. Fonte: MCTIC, Agência Senado, TCE-GO
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