O Gabinete de Articulação para Enfrentamento da Pandemia na Educação Pública em Goiás (Gaepe-GO), que reúne em um mesmo espaço de debate tribunais de contas, ministérios públicos, judiciário, gestores e conselhos de educação em busca de soluções para os prejuízos causados pela Covid-19 à educação pública, vai concentrar esforços no sentido de sensibilizar municípios da importância do retorno das aulas presenciais o mais breve possível.  Em reunião mensal do grupo na quinta-feira (21/out) ficou acertado a realização de encontros com os representantes de 55 municípios goianos que informaram à União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)-GO que só pretendem retomar as aulas presenciais em 2022 ou que não têm sequer uma previsão de retorno.

Coordenador do Gaepe-GO, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás Fabrício Motta lembrou que o isolamento social já causou grandes prejuízos à educação pública e que, cada dia longe da escola representa déficit de aprendizagem e consequente desmotivação dos estudantes. “Algumas pessoas podem pensar que, como já estamos no último trimestre do ano, não faz muita diferença voltar agora ou no próximo ano. Mas podemos assegurar que os ganhos proporcionados pelo retorno das aulas ainda este ano superam e muito os riscos”, explicou.

O Gaepe fez levantamentos sobre o número de municípios que ainda não voltaram a transportar estudantes – e as suas explicações. E também daqueles que não estão distribuindo kits de alimentação para os estudantes mais vulneráveis.  Foram avaliadas ações junto aos gestores municipais pra que essas falhas venham a ser sanadas.

Texto: Heloísa Lima 

Ilustrações: Anderson Castro e Myrelly Galvão