Ouvidor do TCE-GO propõe Conselho para avaliar a gestão fiscal no Brasil
Ouvidor do TCE-GO propõe Conselho para avaliar a gestão fiscal no Brasil
Proposta foi feita em audiência pública na Câmara Federal reunindo representantes dos tribunais de contas do país
- person Vinicius Teles de Oliveira
- schedule 30/06/2021
- Atualizado em 23/03/2022
O ouvidor do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), Celmar Rech (foto), defendeu a criação do conselho de gestão fiscal durante audiência pública promovida ontem (30/jun) pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados, em Brasília. Previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, esse colegiado, formado por representantes de todos os poderes e esferas do governo, deve acompanhar e avaliar a gestão fiscal brasileira. “A contribuição que o Congresso poderia dar nesse processo é instituir o nosso conselho de gestão fiscal”, disse Rech.
A proposta foi bem recebida pelo deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), que presidiu a audiência, e junto com o deputado Denis Bezerra (PSB-CE) coordena o relatório do Cedes que vai atualizar os dados da dívida pública brasileira. “Precisamos preparar um conjunto de leis e procedimentos que possam ajudar o Brasil no futuro”, declarou Félix.
O encontro teve a participação de vários representantes de tribunais de contas brasileiros, para sugerir medidas que melhorem o controle da evolução da dívida pública brasileira. Também foram sugeridas a melhoria das regras fiscais, a criação do conselho de gestão fiscal e a aprovação de lei tratando de limites e da sustentabilidade da dívida. Estes dois últimos pontos estão previstos na legislação, mas ainda não foram colocados em prática.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), principal indicador de endividamento do estado brasileiro, vem crescendo desde 2014 e atingiu, em março, 89,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2013, esse indicador equivalia a 51,5% do PIB.
Para o secretário-geral de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Albernaz, “não se chega numa situação de finanças tão difíceis porque um governo sozinho errou. A grande reflexão que se precisa fazer é como o conjunto das instituições não foi capaz de impedir que as coisas evoluíssem como evoluíram”, disse.
O TCU iniciou no ano passado um trabalho sistemático de acompanhamento da gestão da dívida pública. Entre os problemas encontrados pelos técnicos do tribunal estão as regras fiscais, como ausência de harmonia entre as diversas regras e o reiterado descumprimento por parte dos entes públicos.
“O mínimo que a gente precisaria assegurar é garantir que, sejam quais forem as regras, boas ou ruins, uma vez que elas existam devem ser cumpridas. Infelizmente, isso não tem acontecido”, disse Albernaz. Outro problema detectado é a adoção de políticas que impactam a dívida pública, mas não entram no Orçamento da União, nem como receita e nem como despesa.
Sobre esse último ponto, ele deu como exemplo as operações do Tesouro Nacional que colocaram cerca de R$ 500 bilhões no BNDES entre 2008 e 2015, com o objetivo de ampliar a carteira de empréstimos do banco. A operação apresentou um subsídio embutido de cerca de R$ 147 bilhões. Esses valores só foram conhecidos em 2016, quando a corte avaliou a política.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Proposta foi feita em audiência pública na Câmara Federal reunindo representantes dos tribunais de contas do país |
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23/03/2022 |
O ouvidor do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), Celmar Rech (foto), defendeu a criação do conselho de gestão fiscal durante audiência pública promovida ontem (30/jun) pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados, em Brasília. Previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, esse colegiado, formado por representantes de todos os poderes e esferas do governo, deve acompanhar e avaliar a gestão fiscal brasileira. “A contribuição que o Congresso poderia dar nesse processo é instituir o nosso conselho de gestão fiscal”, disse Rech. A proposta foi bem recebida pelo deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), que presidiu a audiência, e junto com o deputado Denis Bezerra (PSB-CE) coordena o relatório do Cedes que vai atualizar os dados da dívida pública brasileira. “Precisamos preparar um conjunto de leis e procedimentos que possam ajudar o Brasil no futuro”, declarou Félix. O encontro teve a participação de vários representantes de tribunais de contas brasileiros, para sugerir medidas que melhorem o controle da evolução da dívida pública brasileira. Também foram sugeridas a melhoria das regras fiscais, a criação do conselho de gestão fiscal e a aprovação de lei tratando de limites e da sustentabilidade da dívida. Estes dois últimos pontos estão previstos na legislação, mas ainda não foram colocados em prática. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), principal indicador de endividamento do estado brasileiro, vem crescendo desde 2014 e atingiu, em março, 89,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2013, esse indicador equivalia a 51,5% do PIB. Para o secretário-geral de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Albernaz, “não se chega numa situação de finanças tão difíceis porque um governo sozinho errou. A grande reflexão que se precisa fazer é como o conjunto das instituições não foi capaz de impedir que as coisas evoluíssem como evoluíram”, disse. O TCU iniciou no ano passado um trabalho sistemático de acompanhamento da gestão da dívida pública. Entre os problemas encontrados pelos técnicos do tribunal estão as regras fiscais, como ausência de harmonia entre as diversas regras e o reiterado descumprimento por parte dos entes públicos. “O mínimo que a gente precisaria assegurar é garantir que, sejam quais forem as regras, boas ou ruins, uma vez que elas existam devem ser cumpridas. Infelizmente, isso não tem acontecido”, disse Albernaz. Outro problema detectado é a adoção de políticas que impactam a dívida pública, mas não entram no Orçamento da União, nem como receita e nem como despesa. Sobre esse último ponto, ele deu como exemplo as operações do Tesouro Nacional que colocaram cerca de R$ 500 bilhões no BNDES entre 2008 e 2015, com o objetivo de ampliar a carteira de empréstimos do banco. A operação apresentou um subsídio embutido de cerca de R$ 147 bilhões. Esses valores só foram conhecidos em 2016, quando a corte avaliou a política. Fonte: Agência Câmara de Notícias |
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