Voltar

Palestra de Amyr Klink marca os 72 anos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás

Palestra de Amyr Klink marca os 72 anos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás

O mais famoso navegador brasileiro narrou travessias do oceano a remo e expedições solitárias à Antártica

  • person Heloisa Rodrigues de Lima
  • schedule 03/09/2024
Imagem da Notícia

“Espero que vocês construam belas histórias no Tribunal de Contas do Estado de Goiás”. Com essas palavras, o navegador Amyr Klink encerrou sua palestra aos membros e servidores do TCE-GO hoje (03/set), no Auditório Conselheiro José Sebba, como parte das comemorações dos 72 anos  do Tribunal. Na plateia, além do Presidente Saulo Mesquita, dos Conselheiros  Helder Valin, Edson Ferrari, Celmar Rech e Kennedy Trindade; dos Conselheiros Substitutos Flávio Rodrigues, Cláudio André Costa e Humberto Lustosa. Também marcaram presença convidados como o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), Conselheiro Joaquim de Castro e o desembargador Itamar de Lima, representando o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. 

As palavras de acolhida vieram do Presidente do TCE, Conselheiro Saulo Mesquita, denominando de  magna a palestra em razão as credenciais de Amyr, conhecido e reconhecido internacionalmente por viagens fantásticas cruzando o Atlântico em barcos a remo e a vela e também longas expedições solitárias à Antártida. Falou ainda dos livros que consagraram o navegador, a partir de 1984, quando remou da África até o Brasil. Saulo Mesquita citou o palestrante como exemplo e sinônimo de resistência, superação, coragem e perseverança. E encerrou sua fala com uma citação do escritor português José Saramago: “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”.

Antes de começar sua fala, Amyr exibiu um vídeo com uma síntese de suas 22 expedições à Antártida a bordo do barco que ele mesmo desenhou e construiu, o Parati 2. Descendente de libaneses, ele nasceu na ilha de Parati, Rio de Janeiro, onde cresceu fascinado pelo mar, seus desafios e possibilidades.

Autor do livro Cem Dias Entre o Céu e o Mar, onde narra a saga solitária da travessia do Atlântico partindo da África até o Brasil, Amyr Klink é requisitado para falar de sua vida de aventuras em diferentes países. Com tiradas de humor e o modo cativante de contar a história de sua vida, ele prendeu a atenção do público desde o início. Na infância, utilizava um pequeno barco esculpido em um tronco para ir comprar pão todas as manhãs, em Parati. Com o passar do tempo, foi descobrindo os recortes da baía local e a paixão pelo remo.  Segundo ele, não é a força ou a rapidez do gesto que leva à vitória no remo e sim a sincronia entre os remadores.

O navegador contou ter suprido o interesse em aprender inglês e francês lendo os jornais desses países que iam parar como papel de embrulho no açougue do Seu Benício, em Parati. Contou que a primeira vez que ouviu falar sobre a travessia de um oceano por remadores foi com a tentativa de dois norte-americanos,  aos quais chamou de loucos e que iriam morrer, como de fato ocorreu. Do sentimento de perplexidade e até remorso, Klink começou a pesquisar as razões do insucesso dos remadores, o que gerou um dossiê de 74 páginas. “No mar a gente aprende é com os fracassos”. E nasceu, em segredo, o projeto de construir seu próprio barco, 

Em junho de 1984, em um mar tempestuoso na Namíbia, Amir Klink partiu para travessia do Atlântico até o rio Pojuca, durante 100 dias, período em que “não vi a cara de nenhum gerente de banco”. “Era um medo engraçado, medo do que eu tinha feito”; “não havia GPS e nem telefonia móvel”.

Na primeira semana de viagem, com ondas muito altas, “o barco capotou três vezes e nas três descapotou”, para alegria de Klink e a certeza do seu acerto no design e dos conhecimentos aplicados na construção. Klink tinha planejado o trajeto para 109 dias e completou em apenas 100. Voltou a pisar na terra  22 quilos mais magro – “eu era apenas músculos” - e ainda com dois litros de água doce.

Depois de várias outras viagens esse barco deu origem ao Museu de São Francisco do Sul. O palestrante mostrou fotos suas em meio a milhares de pinguins na Antártica. Bem como fotos dele e seus barcos cercados pelo gelo – onde ficou preso por mais de 10 meses.

Da construção de seu primeiro barco e do sucesso de suas viagens, Amyr Klink evoluiu para fundação de um estaleiro próprio e a produção de embarcações para clientes de diferentes países. São barcos com até três anos de autonomia. Em desses barcos o navegador brasileiro viajou durante duas décadas e percorreu  meio milhão de milhas náuticas, até vendê-lo ao Governo da Suíça, que o emprega em um programa de pesquisas marítimas.

O palestrante contou ainda sobre seu casamento e as três filhas que também são navegantes. Atualmente, as filhas encontram-se em diferentes países, em expedições voluntárias. No mar é assim, tudo é diferente. Nada é igual. No fim das contas o que importa é a história que a gente escreve, prescreveu Amyr Klink, que ainda respondeu a várias perguntas formuladas pela plateia e tirou fotos com admiradores.

Texto: Antônio Gomes

Fotos: Master Produções

Atendimento à imprensa

Diretoria de Comunicação

Tel: (62) 3228-2697 / 3228-2699

E-mail: imprensa@tce.go.gov.br


Atendimento ao cidadão

Ouvidoria

Tel: (62) 3228-2814 / 3228-2894

E-mail: ouvidoria@tce.go.gov.br

 

 

Palestra de Amyr Klink marca os 72 anos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás
O mais famoso navegador brasileiro narrou travessias do oceano a remo e expedições solitárias à Antártica
Por $nomeUsuarioPubli

“Espero que vocês construam belas histórias no Tribunal de Contas do Estado de Goiás”. Com essas palavras, o navegador Amyr Klink encerrou sua palestra aos membros e servidores do TCE-GO hoje (03/set), no Auditório Conselheiro José Sebba, como parte das comemorações dos 72 anos  do Tribunal. Na plateia, além do Presidente Saulo Mesquita, dos Conselheiros  Helder Valin, Edson Ferrari, Celmar Rech e Kennedy Trindade; dos Conselheiros Substitutos Flávio Rodrigues, Cláudio André Costa e Humberto Lustosa. Também marcaram presença convidados como o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), Conselheiro Joaquim de Castro e o desembargador Itamar de Lima, representando o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. 

As palavras de acolhida vieram do Presidente do TCE, Conselheiro Saulo Mesquita, denominando de  magna a palestra em razão as credenciais de Amyr, conhecido e reconhecido internacionalmente por viagens fantásticas cruzando o Atlântico em barcos a remo e a vela e também longas expedições solitárias à Antártida. Falou ainda dos livros que consagraram o navegador, a partir de 1984, quando remou da África até o Brasil. Saulo Mesquita citou o palestrante como exemplo e sinônimo de resistência, superação, coragem e perseverança. E encerrou sua fala com uma citação do escritor português José Saramago: “Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”.

Antes de começar sua fala, Amyr exibiu um vídeo com uma síntese de suas 22 expedições à Antártida a bordo do barco que ele mesmo desenhou e construiu, o Parati 2. Descendente de libaneses, ele nasceu na ilha de Parati, Rio de Janeiro, onde cresceu fascinado pelo mar, seus desafios e possibilidades.

Autor do livro Cem Dias Entre o Céu e o Mar, onde narra a saga solitária da travessia do Atlântico partindo da África até o Brasil, Amyr Klink é requisitado para falar de sua vida de aventuras em diferentes países. Com tiradas de humor e o modo cativante de contar a história de sua vida, ele prendeu a atenção do público desde o início. Na infância, utilizava um pequeno barco esculpido em um tronco para ir comprar pão todas as manhãs, em Parati. Com o passar do tempo, foi descobrindo os recortes da baía local e a paixão pelo remo.  Segundo ele, não é a força ou a rapidez do gesto que leva à vitória no remo e sim a sincronia entre os remadores.

O navegador contou ter suprido o interesse em aprender inglês e francês lendo os jornais desses países que iam parar como papel de embrulho no açougue do Seu Benício, em Parati. Contou que a primeira vez que ouviu falar sobre a travessia de um oceano por remadores foi com a tentativa de dois norte-americanos,  aos quais chamou de loucos e que iriam morrer, como de fato ocorreu. Do sentimento de perplexidade e até remorso, Klink começou a pesquisar as razões do insucesso dos remadores, o que gerou um dossiê de 74 páginas. “No mar a gente aprende é com os fracassos”. E nasceu, em segredo, o projeto de construir seu próprio barco, 

Em junho de 1984, em um mar tempestuoso na Namíbia, Amir Klink partiu para travessia do Atlântico até o rio Pojuca, durante 100 dias, período em que “não vi a cara de nenhum gerente de banco”. “Era um medo engraçado, medo do que eu tinha feito”; “não havia GPS e nem telefonia móvel”.

Na primeira semana de viagem, com ondas muito altas, “o barco capotou três vezes e nas três descapotou”, para alegria de Klink e a certeza do seu acerto no design e dos conhecimentos aplicados na construção. Klink tinha planejado o trajeto para 109 dias e completou em apenas 100. Voltou a pisar na terra  22 quilos mais magro – “eu era apenas músculos” - e ainda com dois litros de água doce.

Depois de várias outras viagens esse barco deu origem ao Museu de São Francisco do Sul. O palestrante mostrou fotos suas em meio a milhares de pinguins na Antártica. Bem como fotos dele e seus barcos cercados pelo gelo – onde ficou preso por mais de 10 meses.

Da construção de seu primeiro barco e do sucesso de suas viagens, Amyr Klink evoluiu para fundação de um estaleiro próprio e a produção de embarcações para clientes de diferentes países. São barcos com até três anos de autonomia. Em desses barcos o navegador brasileiro viajou durante duas décadas e percorreu  meio milhão de milhas náuticas, até vendê-lo ao Governo da Suíça, que o emprega em um programa de pesquisas marítimas.

O palestrante contou ainda sobre seu casamento e as três filhas que também são navegantes. Atualmente, as filhas encontram-se em diferentes países, em expedições voluntárias. No mar é assim, tudo é diferente. Nada é igual. No fim das contas o que importa é a história que a gente escreve, prescreveu Amyr Klink, que ainda respondeu a várias perguntas formuladas pela plateia e tirou fotos com admiradores.

Texto: Antônio Gomes

Fotos: Master Produções

Atendimento à imprensa

Diretoria de Comunicação

Tel: (62) 3228-2697 / 3228-2699

E-mail: imprensa@tce.go.gov.br

-


Atendimento ao cidadão

Ouvidoria

Tel: (62) 3228-2814 / 3228-2894

E-mail: ouvidoria@tce.go.gov.br

-


NOTÍCIAS RELACIONADAS

23 mai 2025 14:12:41 calendar_today

person Alexandre Alfaix de Assis

Tribunais de contas fiscalizam escolas para avaliar saneamento

Órgãos de controle vão visitar escolas em todo o Brasil para verificar abastecimento de água, saneamento e banheiros

23 mai 2025 09:12:27 calendar_today

person Leonardo Rocha Miranda

Congresso Internacional dos Tribunais de Contas terá lançamento de revista científica

Edital de chamada de trabalhos foi lançado e tem quatro eixos temáticos

23 mai 2025 09:00:58 calendar_today

person Bruno Eduardo Balduino de Souza

TCE-GO inspeciona estrutura física e operacional da Polícia Científica

Auditores concluem visitas a unidades regionais. Relatório final está previsto para o próximo mês

22 mai 2025 17:54:11 calendar_today

person Leonardo Rocha Miranda

Servidores participam de capacitação para uso de ferramenta de mapeamento em rodovias

O equipamento aumentará a efetividade de fiscalizações