Uma ferramenta de inteligência artificial (IA) para a busca textual foi apresentada aos membros e servidores do Tribunal de Contas do Estado, durante palestra do professor e coordenador da pós-graduação em BigData e Machine Learning na Fasam, Júlio César Pessoa, na tarde de hoje (16/ago), no Miniauditório Selva Cavalcanti. Para mostrar seu funcionamento, ele alimentou o sistema com um texto aleatório de um site de notícias, fazendo perguntas sobre seu conteúdo, todas respondidas instantaneamente e de forma correta.

Presente na apresentação, o presidente do TCE-GO, conselheiro Celmar Rech, destacou que a inteligência artificial está cada vez mais presente no dia a dia de todos. “Nos próximos cinco anos, a forma de fiscalização da administração pública, como o próprio modo de vida de todos nós, será completamente diferente do que é hoje, especialmente com o avanço da inteligência artificial, a chegada da tecnologia 5G e a consolidação da internet das coisas. Os tribunais de contas não são instituições estanques. Portanto, não podem ficar alheios a essa realidade”, avaliou.

Para o gerente de Tecnologia da Informação do TCE-GO, Licardino Siqueira Pires, o tribunal é um verdadeiro repositório de informações. “Recebemos dados de todos os jurisdicionados e produzimos nossos próprios documentos. Temos de estar preparados para disponibilizar esse material de forma ágil e eficiente e a inteligência artificial é o caminho para isso”, disse.

AVANÇO

Na palestra, o professor Júlio Pessoa fez uma rápida exposição do cenário atual de tecnologia no Brasil, citando estudos da Organização Mundial do Comércio que mostram que 40% das empresas que trabalham com o modelo tradicional deixarão de existir na próxima década, enquanto 60% das profissões que dominarão o mundo nos próximos anos sequer existem. “O avanço na tecnologia é tanta que a cada dois anos a capacidade computacional dobra”, relatou.

Sobre a inteligência artificial, Pessoa deixou claro que ela é irreversível. “O propósito da IA é de se aproximar ao máximo da capacidade cognitiva humana”, afirmou. O professor citou como exemplo, plataformas usadas principalmente por websites de interesse comercial, que permitem reconhecer o perfil do usuário a partir do seu comportamento. “A partir dos rastros de navegação, eles podem detectar suas preferências e construírem estratégias de marketing”.

Texto: Alexandre Alfaix