Sem condição de ver tudo, auditoria deve focar no essencial
Sem condição de ver tudo, auditoria deve focar no essencial
Auditora paranaense provoca participantes do fórum
- person Alexandre a Henrique Pereira De Araujo
- schedule 09/05/2019
- Atualizado em 23/03/2022
Quem ou qual instituição consegue fiscalizar tudo o que lhe compete? A pergunta, em tom de provocação, foi feita pela gerente de Planejamento do TCE do Paraná, Denise Gomel, ao iniciar a última palestra deste primeiro dia do 3° Fórum Nacional de Auditoria Pública. Ela começou sua explanação exibindo um mosaico com notícias dos problemas que afligem os goianos no momento, como a interdição do Hospital Materno Infantil, alta incidência de dengue, rodovias esburacadas, salários dos servidores com atraso e, em seguida, um vídeo que mostra uma pessoa tentando conter o movimento das ondas em uma praia, usando apenas um rodo doméstico. É assim que um auditor se sente diante de um universo tão vasto de fatos a serem auditados, disse em seguida, esclarecendo que situação semelhante à de Goiás se repete na maioria dos estados brasileiros.
Ao auditor, então, resta o desafio de utilizar o foco, escala e desempenho para fiscalizar mais e melhor, prescreve a auditora paranaense. E o que é uma auditoria? A resposta, baseada nas normas nacionais adotadas pelo Brasil é: um processo sistemático para obter e avaliar objetivamente evidências para determinar se as informações ou as condições reais de um objeto estão de acordo com o que deveria ser.
Denise Gomel conduziu sua fala pelos trilhos dos princípios fundamentais de auditoria do setor público, norma contendo 51 anunciados aplicáveis a todos os trabalhos de auditoria do setor público. Interagindo com o público presente ao auditório do TCE-GO, ela verificou que apenas 10% dos auditores leram ou conhecem tais normas, que são necessárias para garantir credibilidade, qualidade e profissionalismo ao trabalho que executam – uma constatação que, segundo ela, também não é diferente das outras regiões do País.
Sobre os objetivos da auditoria assinalou a prestação de contas dos recursos provenientes da tributação e outras fontes para prestação de serviços aos cidadãos. O foco é obter informações sobre gestão e desempenho, aperfeiçoamento da administração pública e contribuição para boa governança.
Texto: Antônio Gomes
Matriz de responsabilidade comparada com coleta de provas no Judiciário
A matriz de responsabilização é fundamental nos trabalhos de auditoria. Essa foi a temática destacada pelo inspetor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná Rodrigo Damasceno, durante palestra no 3º Fórum Nacional de Auditoria, que está sendo realizado hoje e amanhã (9 e 10/mai), na sede do TCE-GO, em Goiânia. Para ele, as normas de auditoria precisam explorar mais esse instrumento que possibilita identificar a culpabilidade nas ações ou omissões dos agentes públicos.
O palestrante comparou essa ferramenta com os elementos de coleta de provas do Judiciário. “Embora os tribunais de contas não possam trabalhar com instrumentos robustos como a delação premiada, escuta telefônica, quebra de sigilos, temos a matriz de responsabilização, que permitem resultados expressivos capazes de orientar os relatórios de auditoria ao apontar indícios de dolo ou erro grosseiro”, explicou.
O Fórum de Auditoria tem sequência nesta sexta-feira, a partir das 9 horas, com os princípios fundamentais da auditoria de conformidade, com a analista de Controle Externo do TCE-PR, Crislayne Cavalcante, e o estudo de caso Auditoria Passo a Passo, com os auditores do mesmo tribunal de contas Marcel Lanteri Pierezan e Filipe Flesh. À tarde, haverá estudos de casos do TCE-GO e TCM-GO e mesa de discussões.
Veja mais fotos no Flickr do TCE-GO.
Texto: Alexandre Alfaix de Assis
Atendimento à imprensa
Diretoria de Comunicação
Tel: (62) 3228-2697 / 3228-2699
E-mail: imprensa@tce.go.gov.br
Atendimento ao cidadão
Ouvidoria
Tel: (62) 3228-2814 / 3228-2894
E-mail: ouvidoria@tce.go.gov.br
![]() |
Sem condição de ver tudo, auditoria deve focar no essencial |
Auditora paranaense provoca participantes do fórum |
Por $nomeUsuarioPubli |
23/03/2022 |
Quem ou qual instituição consegue fiscalizar tudo o que lhe compete? A pergunta, em tom de provocação, foi feita pela gerente de Planejamento do TCE do Paraná, Denise Gomel, ao iniciar a última palestra deste primeiro dia do 3° Fórum Nacional de Auditoria Pública. Ela começou sua explanação exibindo um mosaico com notícias dos problemas que afligem os goianos no momento, como a interdição do Hospital Materno Infantil, alta incidência de dengue, rodovias esburacadas, salários dos servidores com atraso e, em seguida, um vídeo que mostra uma pessoa tentando conter o movimento das ondas em uma praia, usando apenas um rodo doméstico. É assim que um auditor se sente diante de um universo tão vasto de fatos a serem auditados, disse em seguida, esclarecendo que situação semelhante à de Goiás se repete na maioria dos estados brasileiros. Ao auditor, então, resta o desafio de utilizar o foco, escala e desempenho para fiscalizar mais e melhor, prescreve a auditora paranaense. E o que é uma auditoria? A resposta, baseada nas normas nacionais adotadas pelo Brasil é: um processo sistemático para obter e avaliar objetivamente evidências para determinar se as informações ou as condições reais de um objeto estão de acordo com o que deveria ser. Denise Gomel conduziu sua fala pelos trilhos dos princípios fundamentais de auditoria do setor público, norma contendo 51 anunciados aplicáveis a todos os trabalhos de auditoria do setor público. Interagindo com o público presente ao auditório do TCE-GO, ela verificou que apenas 10% dos auditores leram ou conhecem tais normas, que são necessárias para garantir credibilidade, qualidade e profissionalismo ao trabalho que executam – uma constatação que, segundo ela, também não é diferente das outras regiões do País. Sobre os objetivos da auditoria assinalou a prestação de contas dos recursos provenientes da tributação e outras fontes para prestação de serviços aos cidadãos. O foco é obter informações sobre gestão e desempenho, aperfeiçoamento da administração pública e contribuição para boa governança. Texto: Antônio Gomes Matriz de responsabilidade comparada com coleta de provas no Judiciário A matriz de responsabilização é fundamental nos trabalhos de auditoria. Essa foi a temática destacada pelo inspetor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná Rodrigo Damasceno, durante palestra no 3º Fórum Nacional de Auditoria, que está sendo realizado hoje e amanhã (9 e 10/mai), na sede do TCE-GO, em Goiânia. Para ele, as normas de auditoria precisam explorar mais esse instrumento que possibilita identificar a culpabilidade nas ações ou omissões dos agentes públicos. O palestrante comparou essa ferramenta com os elementos de coleta de provas do Judiciário. “Embora os tribunais de contas não possam trabalhar com instrumentos robustos como a delação premiada, escuta telefônica, quebra de sigilos, temos a matriz de responsabilização, que permitem resultados expressivos capazes de orientar os relatórios de auditoria ao apontar indícios de dolo ou erro grosseiro”, explicou. O Fórum de Auditoria tem sequência nesta sexta-feira, a partir das 9 horas, com os princípios fundamentais da auditoria de conformidade, com a analista de Controle Externo do TCE-PR, Crislayne Cavalcante, e o estudo de caso Auditoria Passo a Passo, com os auditores do mesmo tribunal de contas Marcel Lanteri Pierezan e Filipe Flesh. À tarde, haverá estudos de casos do TCE-GO e TCM-GO e mesa de discussões. Veja mais fotos no Flickr do TCE-GO. Texto: Alexandre Alfaix de Assis |
Atendimento à imprensa Diretoria de Comunicação Tel: (62) 3228-2697 / 3228-2699 E-mail: imprensa@tce.go.gov.br - |
Atendimento ao cidadão Ouvidoria Tel: (62) 3228-2814 / 3228-2894 E-mail: ouvidoria@tce.go.gov.br - |
NOTÍCIAS RELACIONADAS
24 jun 2025 15:10:56 calendar_today
person Bruno Eduardo Balduino de Souza
Contas de órgãos sem controle contábil são destacadas no Parecer Prévio
Instituições deverão apresentar plano de ação para corrigir as distorções
24 jun 2025 11:36:26 calendar_today
person Bruno Eduardo Balduino de Souza
Auditor do TCE-GO avalia função sancionadora dos TCs em artigo
Parâmetros para a dosimetria da sanção de multa na legislação do TCU são objeto do estudo
23 jun 2025 18:03:41 calendar_today
person Bruno Eduardo Balduino de Souza
TCE-GO aprova Parecer Prévio das Contas do Governador, exercício de 2024
Documento é pela aprovação, atribuição da Assembleia Legislativa, conforme a Constituição
23 jun 2025 17:58:58 calendar_today
person Gabriella Nunes De Gouvêa
TCE-GO participa de audiência sobre o Plano Nacional de Educação
Documento final vai orientar elaboração do plano estadual