Solução na mobilidade passa pela redução de veículos
Solução na mobilidade passa pela redução de veículos
Painéis do período vespertino do Diálogo Público promovido pelo TCE-GO debatem a necessidade de melhorias e a manutenção do sistema de transporte coletivo
- person Vinicius Teles de Oliveira
- schedule 22/06/2021
- Atualizado em 23/03/2022
O Diálogo Público sobre o Transporte Público na Região Metropolitana de Goiânia, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) teve continuidade no período da tarde de hoje (22/jun) com o tema “A melhoria do transporte coletivo na capital e região metropolitana interessa a todos”. O primeiro expositor foi Lamartine Moreira Júnior, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Goiás (Crea-GO).
Ele apresentou um estudo que propõe a diminuição do número de automóveis nas vias e redução da poluição automotiva, destacando a importância da fluidez do transporte no dia a dia, o ganho de tempo nas sincronizações de semáforos, faixa de pedestres e a logística de cargas nas cidades para melhorar o transporte coletivo.
Em seguida falou a professora doutora Patrícia Vilela Margon, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que apresentou a pirâmide invertida que faz parte da política nacional de mobilidade urbana. O pedestre deve sempre ter a preferência, seguido do ciclista, transporte coletivo e, por último, carros e motos.
Outro ponto ressaltado é o impacto do transporte por aplicativos na redução dos usuários dos ônibus, sua importância na economia atual e como isso aumentou os congestionamentos nas cidades. A conclusão da professora é que o usuário fica cada vez mais preso no trânsito e que o grande desafio pós pandemia será manter a segurança e a saúde da população que usa o transporte coletivo. “As dificuldades não se resolvem com um só tipo de ferramenta e as diversas plataformas de transportes devem ser integradas para alcançar um transporte multimodal satisfatório”, disse.
Outro painel teve como tema “A problemática econômico-financeira para manutenção do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia”. O representante do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET), Leomar Avelino Rodrigues, lembrou que nos anos de 2007/2008, os terminais goianienses eram saturados com muita violência e prostituição, mas que até 2013 melhorou muito.
O palestrante destacou a perda de demanda e fuga do usuário em função da Covid-19 e o crescimento dos aplicativos de transporte. Ele apontou como principais problemas a precariedade do Eixo Anhanguera, que transporta um terço da população metropolitana, o aumento das distâncias de viagens e a redução da velocidade média dos ônibus, de 19,3 quilômetros por hora em 2008 para 12,8 atualmente.
O vice-presidente do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sidicoletivo), Carlos Alberto Luiz dos Santos, relatou que uma das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e usuários é a constante busca de lucro das empresas privadas de transporte que atuam na região.
Carlos também falou da queda de usuários, citando a possibilidade de as pessoas poderem usarem suas remunerações em vales transporte para comprarem veículos próprios, como as motos. Criticou o modelo adotado em Goiânia das faixas exclusivas de ônibus serem do lado direito e não esquerdo e a falta de uma estrutura digna de descanso dos trabalhadores no transporte coletivo em seus intervalos, sem uma sala ou ambiente propício nos terminais para refeições e relaxamento.
O evento, transmitido pelo YouTube e pelas redes sociais, reuniu autoridades, especialistas participantes de vários Estados. Foi a primeira realização da recém-criada Escola de Contas do Controle Externo, Escoex, que substituiu o Instituto Leopoldo de Bulhões, do TCE-GO, sob a coordenação de Jaqueline Nascimento.
Leia também:
Diálogo Público no TCE-GO debate Transporte Coletivo
Palestrantes destacam que queda na demanda é desafio para gestão do transporte coletivo
Transporte público e mobilidade urbana envolvem toda a população
Texto: Leonardo Rocha Miranda (Dicom/TCE-GO)
Atendimento à imprensa
Diretoria de Comunicação
Tel: (62) 3228-2697 / 3228-2699
E-mail: imprensa@tce.go.gov.br
Atendimento ao cidadão
Ouvidoria
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Solução na mobilidade passa pela redução de veículos |
Painéis do período vespertino do Diálogo Público promovido pelo TCE-GO debatem a necessidade de melhorias e a manutenção do sistema de transporte coletivo |
Por $nomeUsuarioPubli |
23/03/2022 |
O Diálogo Público sobre o Transporte Público na Região Metropolitana de Goiânia, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) teve continuidade no período da tarde de hoje (22/jun) com o tema “A melhoria do transporte coletivo na capital e região metropolitana interessa a todos”. O primeiro expositor foi Lamartine Moreira Júnior, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Goiás (Crea-GO). Ele apresentou um estudo que propõe a diminuição do número de automóveis nas vias e redução da poluição automotiva, destacando a importância da fluidez do transporte no dia a dia, o ganho de tempo nas sincronizações de semáforos, faixa de pedestres e a logística de cargas nas cidades para melhorar o transporte coletivo. Em seguida falou a professora doutora Patrícia Vilela Margon, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que apresentou a pirâmide invertida que faz parte da política nacional de mobilidade urbana. O pedestre deve sempre ter a preferência, seguido do ciclista, transporte coletivo e, por último, carros e motos. Outro ponto ressaltado é o impacto do transporte por aplicativos na redução dos usuários dos ônibus, sua importância na economia atual e como isso aumentou os congestionamentos nas cidades. A conclusão da professora é que o usuário fica cada vez mais preso no trânsito e que o grande desafio pós pandemia será manter a segurança e a saúde da população que usa o transporte coletivo. “As dificuldades não se resolvem com um só tipo de ferramenta e as diversas plataformas de transportes devem ser integradas para alcançar um transporte multimodal satisfatório”, disse. Outro painel teve como tema “A problemática econômico-financeira para manutenção do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia”. O representante do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET), Leomar Avelino Rodrigues, lembrou que nos anos de 2007/2008, os terminais goianienses eram saturados com muita violência e prostituição, mas que até 2013 melhorou muito. O palestrante destacou a perda de demanda e fuga do usuário em função da Covid-19 e o crescimento dos aplicativos de transporte. Ele apontou como principais problemas a precariedade do Eixo Anhanguera, que transporta um terço da população metropolitana, o aumento das distâncias de viagens e a redução da velocidade média dos ônibus, de 19,3 quilômetros por hora em 2008 para 12,8 atualmente. O vice-presidente do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sidicoletivo), Carlos Alberto Luiz dos Santos, relatou que uma das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e usuários é a constante busca de lucro das empresas privadas de transporte que atuam na região. Carlos também falou da queda de usuários, citando a possibilidade de as pessoas poderem usarem suas remunerações em vales transporte para comprarem veículos próprios, como as motos. Criticou o modelo adotado em Goiânia das faixas exclusivas de ônibus serem do lado direito e não esquerdo e a falta de uma estrutura digna de descanso dos trabalhadores no transporte coletivo em seus intervalos, sem uma sala ou ambiente propício nos terminais para refeições e relaxamento. O evento, transmitido pelo YouTube e pelas redes sociais, reuniu autoridades, especialistas participantes de vários Estados. Foi a primeira realização da recém-criada Escola de Contas do Controle Externo, Escoex, que substituiu o Instituto Leopoldo de Bulhões, do TCE-GO, sob a coordenação de Jaqueline Nascimento. Leia também: Diálogo Público no TCE-GO debate Transporte Coletivo Palestrantes destacam que queda na demanda é desafio para gestão do transporte coletivo Transporte público e mobilidade urbana envolvem toda a população Texto: Leonardo Rocha Miranda (Dicom/TCE-GO) |
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