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TCs apontam inefetividade de políticas públicas para proteção de crianças e adolescentes

TCs apontam inefetividade de políticas públicas para proteção de crianças e adolescentes

Levantamento abrangeu 20 estados brasileiros

  • person Alexandre Alfaix de Assis
  • schedule 12/03/2025
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Dados coletados por meio do Levantamento Nacional sobre as Ações e Políticas Públicas para a Prevenção e Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes, realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) em parceria com 20 tribunais de contas estaduais, examinou a efetividade das ações e políticas públicas voltadas à proteção de crianças e adolescentes em todo o país. O resultado revela que a criança e o adolescente ainda não são prioridade absoluta no Brasil.

O estudo apontou que nove dos 20 estados avaliados não possuem plano estadual específico para a prevenção e o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. Dos 11 estados que possuem planos, mais da metade não instituiu ciclos periódicos de avaliação e monitoramento, o que impede a correção de rumos e a otimização das políticas.

Outros pontos negativos, como o subfinanciamento, também foram identificados durante o levantamento. De acordo com o estudo, 750 municípios brasileiros, o que corresponde a 14,3% do total, ainda não instituíram seus Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) com o devido registro na Receita Federal. O registro é considerado importante porque torna o respectivo Fundo apto a receber doações feitas durante a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda.

Em mais da metade dos estados participantes do levantamento não há dotação orçamentária específica para as casas de acolhimento e as visitas realizadas pelos auditores revelaram, ainda, uma situação de precariedade generalizada nos conselhos tutelares. Falta de equipamentos essenciais, transporte adequado e prédios em condições inadequadas, com infiltrações e problemas estruturais, foram identificados, ilustrando o descaso com a proteção da infância.

A subnotificação de casos de violência, a falta de integração entre os órgãos do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) também são sérios obstáculos. Dos estados participantes, sete ainda não contam com uma ouvidoria integrada à rede de proteção no âmbito estadual e apenas nove contam com centros de atendimento integrado.

Ciente da importância de se garantir que a criança e o adolescente sejam prioridade absoluta nas políticas públicas, com a alocação de recursos adequada e a implementação de ações eficazes, o Sistema Tribunais de Contas realizou o levantamento com o objetivo de jogar luz sobre um tema tão importante para a sociedade. No mesmo sentido, o controle externo cumpre seu papel de promover a efetividade das políticas públicas e a proteção dos direitos fundamentais.

Veja o relatório na íntegra.

Conheça todos os dados do Infância Segura.

Fonte: Atricon

 

Atendimento à imprensa

Diretoria de Comunicação

Tel: (62) 3228-2697 / 3228-2699

E-mail: imprensa@tce.go.gov.br


Atendimento ao cidadão

Ouvidoria

Tel: (62) 3228-2814 / 3228-2894

E-mail: ouvidoria@tce.go.gov.br

 

 

TCs apontam inefetividade de políticas públicas para proteção de crianças e adolescentes
Levantamento abrangeu 20 estados brasileiros
Por $nomeUsuarioPubli

Dados coletados por meio do Levantamento Nacional sobre as Ações e Políticas Públicas para a Prevenção e Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes, realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) em parceria com 20 tribunais de contas estaduais, examinou a efetividade das ações e políticas públicas voltadas à proteção de crianças e adolescentes em todo o país. O resultado revela que a criança e o adolescente ainda não são prioridade absoluta no Brasil.

O estudo apontou que nove dos 20 estados avaliados não possuem plano estadual específico para a prevenção e o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. Dos 11 estados que possuem planos, mais da metade não instituiu ciclos periódicos de avaliação e monitoramento, o que impede a correção de rumos e a otimização das políticas.

Outros pontos negativos, como o subfinanciamento, também foram identificados durante o levantamento. De acordo com o estudo, 750 municípios brasileiros, o que corresponde a 14,3% do total, ainda não instituíram seus Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) com o devido registro na Receita Federal. O registro é considerado importante porque torna o respectivo Fundo apto a receber doações feitas durante a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda.

Em mais da metade dos estados participantes do levantamento não há dotação orçamentária específica para as casas de acolhimento e as visitas realizadas pelos auditores revelaram, ainda, uma situação de precariedade generalizada nos conselhos tutelares. Falta de equipamentos essenciais, transporte adequado e prédios em condições inadequadas, com infiltrações e problemas estruturais, foram identificados, ilustrando o descaso com a proteção da infância.

A subnotificação de casos de violência, a falta de integração entre os órgãos do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) também são sérios obstáculos. Dos estados participantes, sete ainda não contam com uma ouvidoria integrada à rede de proteção no âmbito estadual e apenas nove contam com centros de atendimento integrado.

Ciente da importância de se garantir que a criança e o adolescente sejam prioridade absoluta nas políticas públicas, com a alocação de recursos adequada e a implementação de ações eficazes, o Sistema Tribunais de Contas realizou o levantamento com o objetivo de jogar luz sobre um tema tão importante para a sociedade. No mesmo sentido, o controle externo cumpre seu papel de promover a efetividade das políticas públicas e a proteção dos direitos fundamentais.

Veja o relatório na íntegra.

Conheça todos os dados do Infância Segura.

Fonte: Atricon

 

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E-mail: imprensa@tce.go.gov.br

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