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Desmistificando o autismo

Desmistificando o autismo

Devido à sua complexidade, o autismo é considerado um espectro. No sentido literal, 'espectro' é um termo ligado à física, e diz respeito à uma representação de amplitudes ou intensidades. No universo do autismo, ele reflete as variações dentro do transtorno, que pode ser classificado como leve, moderado ou severo.

  • person Jaqueline Gonçalves do Nascimento
  • schedule 05/04/2021
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Desmistificando o autismo

A série The Good Doctor conta a história do Dr. Shaun Murphy, um jovem recém- formado em medicina que entra na equipe de residentes em cirurgia de um hospital. Dr. Murphy é brilhante, tem uma memória incrível, uma inteligência acima do normal e consegue fazer cirurgias nas situações mais adversas, mas… é autista, com grandes dificuldades na comunicação e interação social. Só o aceite dele no hospital já foi uma grande luta, pois muitos se colocavam contrários à contratação do jovem médico. A equipe também se mostra resistente, em um primeiro momento, a este novo integrante. À medida que os episódios se seguem, os colegas médicos e enfermeiros vão entendendo melhor o jeito de Shaun se comunicar e ele também vai aprendendo alguns códigos sociais fundamentais para o bom relacionamento entre as equipes de saúde e os pacientes. É tocante ver a evolução do personagem a cada nova interação! Em muitos momentos, a história é muito didática em caracterizar o autismo.

Abril é um mês dedicado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desmistificar essa condição é o primeiro passo para a verdadeira inclusão, além da oferta de uma rede de suporte que realmente respeite as necessidades e características desses indivíduos. Estar dentro do espectro autista, por si só, não é algo que impõe um limite à inteligência e às potencialidades dessas pessoas.

O autismo não é definido por apenas uma “grande” característica, mas sim por várias “menores”, sendo as três principais: prejuízos na interação social, prejuízos na comunicação e interesses restritos e repetitivos. Basicamente os autistas precisam ser ensinados (ou ensinar a si mesmos, através de observação e raciocínio) como se comportar e como lidar com as pessoas, como se fosse uma matéria de escola. Além disso, mesmo os de grau igual geralmente apresentam um conjunto diferente de características, dizer que “todo autista é único” não é apenas uma força de expressão.

Embora possa haver sim déficits cognitivos, as presenças de outros transtornos (como TDAH, depressão, ansiedade, etc.) e problemas neurológicos associados ao TEA são condições que variam conforme cada indivíduo – não é por acaso que um dos símbolos mais conhecidos das ações de conscientização é um quebra-cabeças multicolorido, representando justamente a diversidade e a complexidade dos indivíduos com autismo.

Os autistas são diversos mesmo entre si, e algumas crenças em relação ao transtorno são erradas ou pelos menos deixam espaço para dúvida. Por exemplo, a estimativa de autistas no mundo tem aumentado muito nas últimas décadas, mas isso não quer dizer que mais crianças estão nascendo com o transtorno, apenas significa que o diagnóstico está mais acessível graças ao avanço da ciência, melhor preparo dos profissionais, maior conscientização dos pais e da população em geral.

O diagnóstico precoce é fundamental para que a criança possa se desenvolver de forma saudável. Como não há um exame, o diagnóstico depende da observação clínica dos médicos e também dos pais. Quanto mais cedo uma criança for estimulada, maiores as chances de ela ter uma vida saudável.  Para que isso aconteça, entretanto, é preciso vencer o preconceito que ainda persiste na sociedade e impede algumas famílias, inclusive, de fechar um diagnóstico. Uma criança com autismo, cuidada, tratada e estimulada adequadamente pode ter uma vida funcional, um convívio social excelente. Só que ela precisa aprender tudo com um passo a passo, ela precisa de modelos. É preciso aceitação tanto da família como dos profissionais de saúde e da escola. A partir do momento em que você aceita que o outro é diferente, você faz adaptações do ambiente para o convívio social.

O dia a dia da pessoa com TEA pode ser cheio de obstáculos particulares, que não parecem grande coisa para os outros. O site https://autismoerealidade.org.br/ traz cartilhas que apresentam ferramentas e orientações para familiares, amigos e cuidadores ajudarem o autista a lidar melhor com estas dificuldades e construir uma rotina saudável e funcional.

“Com o diagnóstico de autismo do Theo Luiz, a rotina da minha família mudou completamente. Além de trabalhar fora, a mãe passou a ter que se virar para levar o filho às terapias, o pai começou a trabalhar mais para cobrir as novas despesas e, logo depois, a irmãzinha virou uma miniterapeuta! Quando uma mãe que acabou de pegar o laudo do filho me procura, a primeira coisa que digo é: “Não é tão difícil como parece!” Nosso mundo não ‘acaba’ quando sabemos que nosso filho tem algum tipo de deficiência. Pelo contrário, nasce uma nova realidade que deve ser encarada com fé, amor, paciência e dedicação, ou seja, surge a oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores, dadas as provações pelas quais passamos todos os dias. O livre arbítrio nos concede opções. Escolhi a busca pelo conhecimento e pretendo levar meu aprendizado a todas as famílias que eu conseguir alcançar.” Estas palavras são da colega do TCE-GO, assessora do Gabinete do Cons. Celmar Rech, Tatiana Takeda. Uma mulher multitarefas, Tatiana selecionou textos do blog Viva a Diferença, do qual é articulista, e lançou o e-book O que você precisa saber sobre o autismo.  Levando ao pé da letra mais palavras sábias de Takeda: ‘informação é a base de uma sociedade que respeita as diferenças.’ Por um mundo mais receptivo e livre de preconceitos,  acesse https://irp-cdn.multiscreensite.com/32f55408/files/uploaded/viva%20a%20diferenca%20-%20ebook%20completo.pdf

 

Fontes:

https://desmistificandoautismo.com.br/

https://vitaclinica.com.br/blog-da-vita/autismo-desmistificar-e-o-primeiro-passo-para-a-verdadeira-inclusao/

https://universoracionalista.org/desmistificando-o-autismo/

https://omundoautista.com.br/autismo-potencialidades-e-habilidades-individuais-desmistificando-rotulos/

https://autismoerealidade.org.br/convivendo-com-o-tea/cartilhas/

 

www.direitoeinclusao.com.br

https://irp- cdn.multiscreensite.com/32f55408/files/uploaded/viva%20a%20diferenca%20-%20ebook%20completo.pdf

 

 

Dica semanal da Equipe de Saúde e Segurança do Trabalho do TCE-GO

Ilustração:  Anderson de Castro (DiCom TCE-GO)

Desmistificando o autismo
Devido à sua complexidade, o autismo é considerado um espectro. No sentido literal, 'espectro' é um termo ligado à física, e diz respeito à uma representação de amplitudes ou intensidades. No universo do autismo, ele reflete as variações dentro do transtorno, que pode ser classificado como leve, moderado ou severo.
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Desmistificando o autismo

A série The Good Doctor conta a história do Dr. Shaun Murphy, um jovem recém- formado em medicina que entra na equipe de residentes em cirurgia de um hospital. Dr. Murphy é brilhante, tem uma memória incrível, uma inteligência acima do normal e consegue fazer cirurgias nas situações mais adversas, mas… é autista, com grandes dificuldades na comunicação e interação social. Só o aceite dele no hospital já foi uma grande luta, pois muitos se colocavam contrários à contratação do jovem médico. A equipe também se mostra resistente, em um primeiro momento, a este novo integrante. À medida que os episódios se seguem, os colegas médicos e enfermeiros vão entendendo melhor o jeito de Shaun se comunicar e ele também vai aprendendo alguns códigos sociais fundamentais para o bom relacionamento entre as equipes de saúde e os pacientes. É tocante ver a evolução do personagem a cada nova interação! Em muitos momentos, a história é muito didática em caracterizar o autismo.

Abril é um mês dedicado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desmistificar essa condição é o primeiro passo para a verdadeira inclusão, além da oferta de uma rede de suporte que realmente respeite as necessidades e características desses indivíduos. Estar dentro do espectro autista, por si só, não é algo que impõe um limite à inteligência e às potencialidades dessas pessoas.

O autismo não é definido por apenas uma “grande” característica, mas sim por várias “menores”, sendo as três principais: prejuízos na interação social, prejuízos na comunicação e interesses restritos e repetitivos. Basicamente os autistas precisam ser ensinados (ou ensinar a si mesmos, através de observação e raciocínio) como se comportar e como lidar com as pessoas, como se fosse uma matéria de escola. Além disso, mesmo os de grau igual geralmente apresentam um conjunto diferente de características, dizer que “todo autista é único” não é apenas uma força de expressão.

Embora possa haver sim déficits cognitivos, as presenças de outros transtornos (como TDAH, depressão, ansiedade, etc.) e problemas neurológicos associados ao TEA são condições que variam conforme cada indivíduo – não é por acaso que um dos símbolos mais conhecidos das ações de conscientização é um quebra-cabeças multicolorido, representando justamente a diversidade e a complexidade dos indivíduos com autismo.

Os autistas são diversos mesmo entre si, e algumas crenças em relação ao transtorno são erradas ou pelos menos deixam espaço para dúvida. Por exemplo, a estimativa de autistas no mundo tem aumentado muito nas últimas décadas, mas isso não quer dizer que mais crianças estão nascendo com o transtorno, apenas significa que o diagnóstico está mais acessível graças ao avanço da ciência, melhor preparo dos profissionais, maior conscientização dos pais e da população em geral.

O diagnóstico precoce é fundamental para que a criança possa se desenvolver de forma saudável. Como não há um exame, o diagnóstico depende da observação clínica dos médicos e também dos pais. Quanto mais cedo uma criança for estimulada, maiores as chances de ela ter uma vida saudável.  Para que isso aconteça, entretanto, é preciso vencer o preconceito que ainda persiste na sociedade e impede algumas famílias, inclusive, de fechar um diagnóstico. Uma criança com autismo, cuidada, tratada e estimulada adequadamente pode ter uma vida funcional, um convívio social excelente. Só que ela precisa aprender tudo com um passo a passo, ela precisa de modelos. É preciso aceitação tanto da família como dos profissionais de saúde e da escola. A partir do momento em que você aceita que o outro é diferente, você faz adaptações do ambiente para o convívio social.

O dia a dia da pessoa com TEA pode ser cheio de obstáculos particulares, que não parecem grande coisa para os outros. O site https://autismoerealidade.org.br/ traz cartilhas que apresentam ferramentas e orientações para familiares, amigos e cuidadores ajudarem o autista a lidar melhor com estas dificuldades e construir uma rotina saudável e funcional.

“Com o diagnóstico de autismo do Theo Luiz, a rotina da minha família mudou completamente. Além de trabalhar fora, a mãe passou a ter que se virar para levar o filho às terapias, o pai começou a trabalhar mais para cobrir as novas despesas e, logo depois, a irmãzinha virou uma miniterapeuta! Quando uma mãe que acabou de pegar o laudo do filho me procura, a primeira coisa que digo é: “Não é tão difícil como parece!” Nosso mundo não ‘acaba’ quando sabemos que nosso filho tem algum tipo de deficiência. Pelo contrário, nasce uma nova realidade que deve ser encarada com fé, amor, paciência e dedicação, ou seja, surge a oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores, dadas as provações pelas quais passamos todos os dias. O livre arbítrio nos concede opções. Escolhi a busca pelo conhecimento e pretendo levar meu aprendizado a todas as famílias que eu conseguir alcançar.” Estas palavras são da colega do TCE-GO, assessora do Gabinete do Cons. Celmar Rech, Tatiana Takeda. Uma mulher multitarefas, Tatiana selecionou textos do blog Viva a Diferença, do qual é articulista, e lançou o e-book O que você precisa saber sobre o autismo.  Levando ao pé da letra mais palavras sábias de Takeda: ‘informação é a base de uma sociedade que respeita as diferenças.’ Por um mundo mais receptivo e livre de preconceitos,  acesse https://irp-cdn.multiscreensite.com/32f55408/files/uploaded/viva%20a%20diferenca%20-%20ebook%20completo.pdf

 

Fontes:

https://desmistificandoautismo.com.br/

https://vitaclinica.com.br/blog-da-vita/autismo-desmistificar-e-o-primeiro-passo-para-a-verdadeira-inclusao/

https://universoracionalista.org/desmistificando-o-autismo/

https://omundoautista.com.br/autismo-potencialidades-e-habilidades-individuais-desmistificando-rotulos/

https://autismoerealidade.org.br/convivendo-com-o-tea/cartilhas/

 

www.direitoeinclusao.com.br

https://irp- cdn.multiscreensite.com/32f55408/files/uploaded/viva%20a%20diferenca%20-%20ebook%20completo.pdf

 

 

Dica semanal da Equipe de Saúde e Segurança do Trabalho do TCE-GO

Ilustração:  Anderson de Castro (DiCom TCE-GO)