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O lixo nosso de cada dia

O lixo nosso de cada dia

A limpeza urbana é fundamental para garantir a saúde pública. Um ambiente sujo é sinônimo de polo de doenças. Neste sentido, o Brasil ainda tem muito que evoluir já que nem todo o lixo é coletado, nem todos os municípios têm coleta seletiva, e nem todas as cidades ou regiões metropolitanas possuem depósitos adequados, como um aterro sanitário.

  • person Jaqueline Gonçalves do Nascimento
  • schedule 23/08/2021
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O lixo nosso de cada dia

 

Jaqueline Nascimento

 

No dia 27 de agosto comemoramos o Dia Mundial da Limpeza Urbana. O município onde você mora é limpo? Ele tem um bom sistema de coleta de lixo? E programas de reciclagem? Parece algo banal. Afinal de contas, todos os dias, o lixo é retirado das casas e prédios, depois um caminhão passa recolhendo, leva para um lugar que a maioria das pessoas não sabe bem ao certo onde é, mas que a prefeitura está cuidando. E é isso que importa, visto que nossas sobras estragariam, causando mau cheiro e atraindo bichos indesejados, mas por um passe de mágica, ou obra da prefeitura, tudo que sobrou desaparece.

Na verdade, só funciona assim no imaginário coletivo. Nossos resíduos vão apodrecer, feder e atrair bichos indesejados em depósitos de lixo, em sua maioria, inadequados, como lixões e aterros controlados e que, em muitos casos, é perto das casas de outras pessoas.

E mais! Em alguns lugares não há coleta de lixo. Os resíduos são descartados em terrenos baldios, áreas de mata ou rios, próximos às residências geradoras. Causam impactos negativos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos sólidos urbanos englobam os resíduos domiciliares, originários de atividades domésticas em residências urbanas, e os resíduos de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana.

A geração de resíduos domiciliares e de limpeza urbana alcançou aumento médio de 10% no país em 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Pela análise dos sistemas de coleta em diversos municípios, a quarentena contra a pandemia da Covid-19, que fez com que mais pessoas trabalhassem em casa, concentrou a geração de resíduos fora das áreas comerciais e industriais. De acordo com a Abrelpe, as medidas de isolamento social e a adesão ao teletrabalho, adotado por boa parte das empresas e instituições públicas, influenciaram diretamente na geração de resíduos domiciliares, que antes eram gerados nos grandes centros e áreas corporativas, elevando a demanda pelos serviços de limpeza urbana nas cidades.

O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, divulgado pela entidade no final do ano passado, mostra que, em 2019, a média per capita no país era de 379,1 quilos de resíduos sólidos gerados por ano. Em 2010, cada pessoa produzia em média 348,3 quilos de resíduos por ano.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1417067&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1417067&o=node

As mudanças de hábito durante a pandemia também modificaram o perfil dos resíduos urbanos, com um aumento médio de 25% na quantidade de materiais recicláveis coletados. De acordo com a Abrelpe, isso está ligado ao aumento das compras pela internet, que necessitam de mais embalagens para o envio dos produtos.

Segundo a associação, o crescimento do uso desses materiais não foi, entretanto, acompanhado de um aumento da reciclagem, que  não cresceu na mesma proporção, já que boa parte do volume coletado foi encaminhada para unidades de disposição final devido ao fechamento ou à diminuição da atuação de cooperativas e  unidades de triagem em diversas cidades

 

Nós, consumidores, moradores urbanos, comunidades, podemos colaborar com a limpeza da nossa cidade a partir da adoção de hábitos simples. Confira seis dicas preciosas:

 

1. Evite a geração de resíduos. Antes de tudo, é preciso privilegiar a não geração de resíduos, ou seja, opte por outros destinos para um objeto antes de descartá-lo. Vender peças em bom estado em mercados de segunda mão, reutilizar itens para novos fins e investir em consertos e reparos são algumas alternativas a serem levadas em conta.

2. Separe seu resíduo para envio à reciclagem. A reciclagem só é viabilizada se todos os atores envolvidos na cadeia contribuírem. Como consumidores, devemos separar os resíduos orgânicos dos recicláveis. Esse é um hábito que não demanda sequer deslocamento: pode ser executado dentro de nossa própria casa ou trabalho, é só manter dois recipientes livres.

3. Seja cuidadoso com a embalagem ao descartar seu resíduo. Resíduos mal embalados podem perfurar ou rasgar as sacolas e se dissiparem, oferecendo risco de contaminação para as pessoas e meio ambiente. Com o fluxo das águas da chuva, esses resíduos podem acabar em bueiros, córregos e ocasionar enchentes, além da possibilidade de proliferação de doenças.

4. Não descarte móveis e entulhos em locais inadequados. Móveis, eletrodomésticos e resíduos da construção civil exigem um descarte mais cuidadoso, devido ao peso e dimensão. Se deixados em locais inapropriados, podem contribuir para a proliferação de pragas e, com as chuvas, acabam em bueiros, córregos e ocasionam enchentes. Solicite a retirada desse tipo de resíduo pela prefeitura ou leve até Pontos de Entrega Voluntária (PEV).

5. Fique atento aos dias e horários de coleta de resíduos. Contribua para que o serviço de limpeza pública seja mais eficaz. Por isso, informe-se sobre os dias e horários em que a coleta de resíduos ocorre, buscando mantê-los nas ruas menos tempo possível. Assim, evita-se o acúmulo de resíduos nas ruas e calçadas e se reduz o risco de proliferação de pragas.

6. Higienize as embalagens antes de enviá-las para a reciclagem. Para aumentar as chances de um resíduo ser reciclado, limpe-o. Antes de enviar embalagens ou qualquer outro item retire a sujeira mais grosseira, ainda que superficialmente. Como eles passam por um longo processo do local de geração à finalização, restos de alimentos ou matéria orgânica podem proliferar fungos e bactérias, deixando-os inaptos para a reciclagem e colocando em risco a saúde de quem vai manuseá-los.

Na tarefa de preservar o ambiente em que vivemos, o poder público e as comunidades devem trabalhar em conjunto. Por isso, além de cobrar dos governantes a coleta de lixo regular e ações para o tratamento e gestão de resíduos sólidos, a população também precisa se conscientizar e não jogar lixo na rua ou em corpos d’água, e mesmo repensar como anda sua geração de lixo em casa.

E você, o que faz para contribuir com a limpeza urbana?

 

 

Dica semanal do Comitê de Sustentabilidade do TCE-GO

 

Fontes:

NOTA DE RECOMENDAÇÃO Nº: 3/2021 - GVAST- 03109 https://www.saude.go.gov.br/files//banner_coronavirus/protocolos-notas

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/destaque-home/27-de-agosto-dia-mundial-da-limpeza-urbana/

https://akatu.org.br/dia-da-limpeza-urbana-faca-sua-parte/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-08/geracao-de-residuos-domiciliares-e-urbanos-cresce-na-pandemia

http://www.recicloteca.org.br/recicloteca/dia-da-limpeza-urbana/

 

 

Ilustração: Jessica Santos (estagiária convênio TCE-GO/CIEE/UFG)

O lixo nosso de cada dia
A limpeza urbana é fundamental para garantir a saúde pública. Um ambiente sujo é sinônimo de polo de doenças. Neste sentido, o Brasil ainda tem muito que evoluir já que nem todo o lixo é coletado, nem todos os municípios têm coleta seletiva, e nem todas as cidades ou regiões metropolitanas possuem depósitos adequados, como um aterro sanitário.
Por $nomeUsuarioPubli

 

O lixo nosso de cada dia

 

Jaqueline Nascimento

 

No dia 27 de agosto comemoramos o Dia Mundial da Limpeza Urbana. O município onde você mora é limpo? Ele tem um bom sistema de coleta de lixo? E programas de reciclagem? Parece algo banal. Afinal de contas, todos os dias, o lixo é retirado das casas e prédios, depois um caminhão passa recolhendo, leva para um lugar que a maioria das pessoas não sabe bem ao certo onde é, mas que a prefeitura está cuidando. E é isso que importa, visto que nossas sobras estragariam, causando mau cheiro e atraindo bichos indesejados, mas por um passe de mágica, ou obra da prefeitura, tudo que sobrou desaparece.

Na verdade, só funciona assim no imaginário coletivo. Nossos resíduos vão apodrecer, feder e atrair bichos indesejados em depósitos de lixo, em sua maioria, inadequados, como lixões e aterros controlados e que, em muitos casos, é perto das casas de outras pessoas.

E mais! Em alguns lugares não há coleta de lixo. Os resíduos são descartados em terrenos baldios, áreas de mata ou rios, próximos às residências geradoras. Causam impactos negativos ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos sólidos urbanos englobam os resíduos domiciliares, originários de atividades domésticas em residências urbanas, e os resíduos de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana.

A geração de resíduos domiciliares e de limpeza urbana alcançou aumento médio de 10% no país em 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Pela análise dos sistemas de coleta em diversos municípios, a quarentena contra a pandemia da Covid-19, que fez com que mais pessoas trabalhassem em casa, concentrou a geração de resíduos fora das áreas comerciais e industriais. De acordo com a Abrelpe, as medidas de isolamento social e a adesão ao teletrabalho, adotado por boa parte das empresas e instituições públicas, influenciaram diretamente na geração de resíduos domiciliares, que antes eram gerados nos grandes centros e áreas corporativas, elevando a demanda pelos serviços de limpeza urbana nas cidades.

O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, divulgado pela entidade no final do ano passado, mostra que, em 2019, a média per capita no país era de 379,1 quilos de resíduos sólidos gerados por ano. Em 2010, cada pessoa produzia em média 348,3 quilos de resíduos por ano.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1417067&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1417067&o=node

As mudanças de hábito durante a pandemia também modificaram o perfil dos resíduos urbanos, com um aumento médio de 25% na quantidade de materiais recicláveis coletados. De acordo com a Abrelpe, isso está ligado ao aumento das compras pela internet, que necessitam de mais embalagens para o envio dos produtos.

Segundo a associação, o crescimento do uso desses materiais não foi, entretanto, acompanhado de um aumento da reciclagem, que  não cresceu na mesma proporção, já que boa parte do volume coletado foi encaminhada para unidades de disposição final devido ao fechamento ou à diminuição da atuação de cooperativas e  unidades de triagem em diversas cidades

 

Nós, consumidores, moradores urbanos, comunidades, podemos colaborar com a limpeza da nossa cidade a partir da adoção de hábitos simples. Confira seis dicas preciosas:

 

1. Evite a geração de resíduos. Antes de tudo, é preciso privilegiar a não geração de resíduos, ou seja, opte por outros destinos para um objeto antes de descartá-lo. Vender peças em bom estado em mercados de segunda mão, reutilizar itens para novos fins e investir em consertos e reparos são algumas alternativas a serem levadas em conta.

2. Separe seu resíduo para envio à reciclagem. A reciclagem só é viabilizada se todos os atores envolvidos na cadeia contribuírem. Como consumidores, devemos separar os resíduos orgânicos dos recicláveis. Esse é um hábito que não demanda sequer deslocamento: pode ser executado dentro de nossa própria casa ou trabalho, é só manter dois recipientes livres.

3. Seja cuidadoso com a embalagem ao descartar seu resíduo. Resíduos mal embalados podem perfurar ou rasgar as sacolas e se dissiparem, oferecendo risco de contaminação para as pessoas e meio ambiente. Com o fluxo das águas da chuva, esses resíduos podem acabar em bueiros, córregos e ocasionar enchentes, além da possibilidade de proliferação de doenças.

4. Não descarte móveis e entulhos em locais inadequados. Móveis, eletrodomésticos e resíduos da construção civil exigem um descarte mais cuidadoso, devido ao peso e dimensão. Se deixados em locais inapropriados, podem contribuir para a proliferação de pragas e, com as chuvas, acabam em bueiros, córregos e ocasionam enchentes. Solicite a retirada desse tipo de resíduo pela prefeitura ou leve até Pontos de Entrega Voluntária (PEV).

5. Fique atento aos dias e horários de coleta de resíduos. Contribua para que o serviço de limpeza pública seja mais eficaz. Por isso, informe-se sobre os dias e horários em que a coleta de resíduos ocorre, buscando mantê-los nas ruas menos tempo possível. Assim, evita-se o acúmulo de resíduos nas ruas e calçadas e se reduz o risco de proliferação de pragas.

6. Higienize as embalagens antes de enviá-las para a reciclagem. Para aumentar as chances de um resíduo ser reciclado, limpe-o. Antes de enviar embalagens ou qualquer outro item retire a sujeira mais grosseira, ainda que superficialmente. Como eles passam por um longo processo do local de geração à finalização, restos de alimentos ou matéria orgânica podem proliferar fungos e bactérias, deixando-os inaptos para a reciclagem e colocando em risco a saúde de quem vai manuseá-los.

Na tarefa de preservar o ambiente em que vivemos, o poder público e as comunidades devem trabalhar em conjunto. Por isso, além de cobrar dos governantes a coleta de lixo regular e ações para o tratamento e gestão de resíduos sólidos, a população também precisa se conscientizar e não jogar lixo na rua ou em corpos d’água, e mesmo repensar como anda sua geração de lixo em casa.

E você, o que faz para contribuir com a limpeza urbana?

 

 

Dica semanal do Comitê de Sustentabilidade do TCE-GO

 

Fontes:

NOTA DE RECOMENDAÇÃO Nº: 3/2021 - GVAST- 03109 https://www.saude.go.gov.br/files//banner_coronavirus/protocolos-notas

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/destaque-home/27-de-agosto-dia-mundial-da-limpeza-urbana/

https://akatu.org.br/dia-da-limpeza-urbana-faca-sua-parte/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-08/geracao-de-residuos-domiciliares-e-urbanos-cresce-na-pandemia

http://www.recicloteca.org.br/recicloteca/dia-da-limpeza-urbana/

 

 

Ilustração: Jessica Santos (estagiária convênio TCE-GO/CIEE/UFG)