Para avaliação da trafegabilidade, foi realizado um levantamento visual contínuo, de dentro de veículo de passeio, em velocidade normal de tráfego, anotando-se, para cada segmento de um quilômetro, as condições de risco aos usuários.

Em especial, buscou-se identificar as seguintes situações, mas não se limitando a:

O resultado da avaliação foi traduzido em um índice, denominado de “nível de comprometimento”, calculado pela seguinte relação:

[segmentos do trecho vistoriado com presença de defeitos, em km] / [extensão do trecho vistoriado, em km]

Neste caso, os segmentos se referem a extensões de 1 km do trecho vistoriado, onde cada um deles é avaliado pela equipe responsável pelo levantamento.

Então, ao percorrer a extensão do segmento e nele identificar a ocorrência de panelas, por exemplo, a metodologia considera que todo aquele 1 Km correspondente ao segmento está comprometido com este tipo de defeito, independentemente da quantidade de panelas encontradas no segmento.

Assim, tomando a figura abaixo como exemplo, quando o resultado aponta um valor de 46,5% para trecho entre Goiânia e Cidade de Goiás na GO-070, significa dizer que a equipe do TCE-GO encontrou um mesmo tipo de problema (no caso, panelas) em 62,0 Km (62 segmentos) do total percorrido na rodovia, que no caso é de 133,2 Km.

Por outro lado, o percentual de 0,00%, como o registrado no trecho entre Goianésia e Jaraguá na GO-080 (ver figura abaixo), indica que o Tribunal não identificou nenhuma panela no trecho vistoriado de 52,0 Km da rodovia mencionada.

As ocorrências foram anotadas em fichas de levantamento e registradas fotograficamente, sendo possível a partir de então, de forma qualitativa, avaliar as condições de tráfego das rodovias e o risco aos usuários.

A principal limitação para o trabalho decorre da velocidade de desenvolvimento das vistorias, adotada em função do prazo disponível, o que pode limitar a percepção da equipe em relação a algumas situações de risco.

Portanto, os resultados apresentados não esgotam todas as ocorrências de fato existentes nas rodovias, tampouco visa, neste momento, identificar causas ou responsáveis, mas sim evidenciar as condições reais apontadas nos levantamentos.